domingo, 12 de dezembro de 2010

Veja quem é Eva Furnari!!!

A escritora e artista plástica Eva Furnari entrou para a literatura infantil como mãe e viu o quanto suas imagens poderiam contar histórias
Ela é formada em arquitetura mas, de cara, explica: não sabe nada do assunto. Há quase três décadas dedicada à literatura infantil, a idéia que Eva Furnari fazia de construção mudou. 'Antigamente eu dizia que, se construísse uma casa, ela iria cair. Agora digo que ela iria voar', afirma uma das mais conceituadas escritoras de livros para crianças no Brasil. Autora de verdadeiras odes ao nonsense, como Os Problemas da Família Gorgonzola e Zig-Zag (ambos da Editora Global), ela é a mãe da Bruxinha, personagem que nasceu na Folha de S. Paulo nos anos 80, virou livro, prêmio e até boneco de teatro, com a peça Truks.

Autora de 57 livros, o último é Felpo Filva (Ed. Moderna). Fale em voz alta o nome do livro. Deu risada, né? É isso que Eva faz: rimos sem perceber e achamos sentido no que não tem sentido algum. A divertida escritora de quase 60 anos conta alguns segredos.
E a literatura infantil, como foi?
Quando minha filha (Claudia, com 31 anos) tinha uns 3, 4 anos, comecei a comprar livros e pensei: 'tem tudo a ver'. Já tinha inventado histórias para crianças só com imagens e, como isso praticamente não existia - só havia o Juarez Machado -, achei que as pessoas não iriam entender, e que seria mais fácil começar como ilustradora.
Ela e a Bruxinha, em versão boneca confeccionada por ela. 'Sabia que há personagens com personalidade própria?'

E daí veio o convite para fazer as tiras no jornal?
Sim, e lá nasceu a Bruxinha, que apareceu toda a semana, por uns quatro anos. Publiquei uma coletânea com as histórias dela e, dois anos depois, o A Bruxinha Atrapalhada (da Editora Global e premiado em 1982). Devagarzinho comecei a fazer adivinhas, pequenas frases, mas o que eu considero mesmo o primeiro, assim, é o A Bruxa Zelda e os 80 Docinhos (Ed. Ática). A partir deste, não fiz mais livros sem texto nenhum. Há uns 15 anos parei de ilustrar livros de outros autores - só abri uma exceção há alguns anos para uma coleção do Érico Veríssimo.

Como acontece o 'tal' processo criativo?
Tem uma parte que, para mim, é inexplicável. Dá uma inspiração, você tem uma idéia e vai. Aí vem o trabalho que a prática e o acúmulo de conhecimento faz você entender como é que rola uma história. Não é tão claro ou científico, mas tem toda uma elaboração, o que funciona e o que não, o que é engraçado e não, o que está comprido demais... Tanto o texto quanto a ilustração são trabalhosos. É uma colcha de retalhos. A confecção do livro acontece como em outras profissões - a arquitetura, por exemplo - em que você tem de juntar a sensibilidade de artista e, ao mesmo tempo, uma lógica. E parece que às vezes a lógica se opõe à criatividade. Por isso, se você se censurar no momento em que a história está aparecendo, você não faz. Precisa ter critério e isso é diferente de julgamento, de excluir. É uma coisa meio misteriosa mesmo.

site: http://revistacrescer.globo.com/Cresce


2 comentários:

  1. Achei bem legal a relação da autora com as artes plásticas com a literatura infantil.... pq a criança necessita mt do lúdico para se sentir atraída....

    Seria legal vcs postarem as obras da EVA.

    bjão galera

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  2. meninos que autora maravilhosa !!

    amei... vou pesquisar algo a mais sobre ela !

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