domingo, 31 de outubro de 2010

O prazer de ler

Resenha sobre: O prazer de ler!
Em seu artigo o prazer de ler  da autora Giselly Lima de Moraes, enxergamos o apreço que ela possui a Hans Robert Jauss  maior representante da teoria da recepção, quando ela trata de forma sucinta todas as concepções e teorias deste literário.  Apesar de tantas mudanças no mundo atual em relação à leitura, de tanta tecnologia avançada, o livro não foi esquecido.
 Há anos vemos as pessoas utilizando a leitura como sinônimo de refinamento, aquele que lê muito é culto. Basta lermos romances antigos para enxergarmos como os leitores  vangloriava-se por ter tido privilégio de ler tal requisitado autor, citando o autor como se estivesse lido ele e não o livro, essa participação com a leitura causava um prazer de ler, esse prazer que permite emocionar,sentir, vivenciar,  envolver  entre  mundo imaginário repleto de fantasias além do universo maravilhosos de contos, história  que a leitura proporciona, faz o leitor ter uma alegria inexplicável, ao qual Jauss diz: o significado de prazer é o mesmo que “ter uso ou proveito de alguma coisa”( Jauss, 2002,p. 85).
Já as mulheres de antigamente quando liam algum livro se encantavam não pelo conhecimento, mas pelo prazer que a leitura causava. Temos ainda filmes que retratam como a leitura é importante, sendo  privilégio de poucos e referencial da classe  burguesa, pois o pobre não poderia ter mais cultura que o rico. Jauss critica essa associação do prazer a frivolidades ou como algo próprio da “burguesia culta”ele acredita que esta é a causa desse elemento ter sido pouco cuidado nos estudos anteriores.
Jauss tenta  buscar nas concepções de Kent a explicação sobre o juízo do gosto, para ele o prazer na leitura deve-se despertar o interesse do leitor e depende de preferências literárias, experimentação da história levando sobretudo instigar a descoberta, levar ao mundo imaginário, tentar resgatar o que é mais belo na teoria da recepção. Em relação a questão do gosto passa desde a concepção de valores sociais  incorporado no ato da   história do leitor ao texto.
Se faz necessário estimular a leitura nos alunos, pois contribui para ampliar a visão de mundo, estimular o desejo de outras leituras, exercitar a fantasia e a imaginação, compreender a expressão comunicativa de uma obra de arte.
 Jauss nos diz que a literatura é uma expressão da arte, assim como uma obra de arte, um estudo literário e o teatro no primeiro momento pode não parecer, mas estão relacionado porque causa uma experiência estética, passa a sensação de domínio e vivência  do leitor, transmite emoção, reacende o  imaginário, transcende a realidade, além de proporcionar viagens em outros mundos, como pode retratar  fatos históricos ocorridos na vida da humanidade, nos faz refletir que tipo de visão de mundo nós temos. Outro fator que Jauss   destaca é a comunicação cuja a relação do leitor-texto se dá no processo de interação entre ambos, pois  permite envolver experiências  na prática da leitura.
A leitura tem um papel fundamental no desenvolvimento do aluno, pois é por meio dela que eles entram em contato com toda a riqueza e complexidade da linguagem escrita. Portanto, o professor para estimular o prazer na leitura deve  fazer uso da leitura compartilhada como um meio para aproximar os alunos ao mundo literário. Experiência como esta pode se incorporar a rotina diária do professor,sendo esta para qualquer idade ou classe social que o alunado participe.

Jauss definiu três categorias acerca do prazer estético:

Ø  A primeira  se apresenta com uma atividade artística,  permite uma satisfação ao produzir uma obra de arte, isso  ocorre devido ao reconhecimento do seu trabalho como  artista, sente que executou uma grande obra causando prazer e contentamento.    
                                                                                                  
Ø  A segunda está relacionado com a percepção sensível e prazerosa, o objeto estético é através desse processo que o sujeito se percebe como um criador nas produções artísticas bem como tende a  adaptar-se a estética.

Ø  Por fim a karthasis na qual estabelece o prazer dos afetos transmitido pelo texto, refere-se à experiência estética comunicativa básica.

 Ao final Jauss diz que o prazer estético não pode subdividir em prazer sensível e fruição, mas se complexifica, o autor enfatiza uma idéia de prazer associada ao trabalho, a apropriação, a cognição e a subjetividade em um jogo dinâmico.

Texto escrito por:
Bernardino Renan Lisboa Calheiros.
Cristiane Alves Pereira.
Gabriela do Espírito Santo.
Marciane Oliveira Correia